No início da temporada, o São Paulo era apontado como o grande time do Brasil e o favorito a ganhar tudo, inclusive a Libertadores. O clube contratava jogadores badalados como Adriano e Carlos Alberto, jogadores no auge da carreira como Juninho e Joilson, além de Fábio Santos indicado por Muricy. Os dois vindos do Botafogo (Juninho e Joilson) estavam entre os melhores de suas posição do Brasileirão-2006. O volante Fábio Santos veio emprestado do Lyon, vinha para ser titular, mas foi embora após confusão e sem deixar saudades. Carlos Alberto seria o meia que o clube tanto procurava, mas ficou mais tempo sem condições físicas do que jogando, além de criar confusão com Fábio Santos e sair pela porta dos fundos. Já o Imperador Adriano veio criando muita expectativa até mostrou vontade e fez gols, mas a eliminação na Libertadores decepcionou a todos. Até aí o planejamento foi mal feito, embora muitos ainda achem que foi bom. Para completar alguns jogadores não renderem nada no início do ano, como Richarlyson, Hugo, Dagoberto e Jorge Wagner deixando a torcida desanimada e o Morumbi vazio. As saídas de Breno, e principalmente de Souza e Leandro (causando um buraco no lado direito do time) fez o time perder a vibração, a segurança e a ''sorte''. No meio do ano foi criada muita expectativa sobre a contratação de reforços e só chegaram três (André Lima, Anderson e Rodrigo), o tão falado meia ficou só na promessa. Dos três, apenas Rodrigo virou titular após a saída de Alex Silva. Os outos decepcionaram. Com todo esse panorama ao longo da temporada, todos passaram a ficar pessimistas (inclusive eu), a vaga na Libertadores passou a ser a meta. Só Muricy acreditava no título (pelo menos era o que ele falava). A torcida abandonou o time. Mas jogo após jogo o time foi ganhando enquanto os principais concorrentes eram apontados como favoritos ao título, o TRICOLOR foi chegando de mansinho, sem fazer alarde. O time resolveu jogar (jogar um futebol feio, mas de resultado), a defesa passou a levar poucos gols, o ataque passou a fazer. O treinador que era chamado de burro, virou gênio. Jean surgiu das categorias de base e colocou o antes intocável Richarlyson no banco. Hugo passou a decidir os jogos. Hernanes virou o cérebro de um time que era acéfalo. E Borges passou a fazer gols. Aliado a tudo isso, a sorte foi fundamental principalmente nos jogos decisivos fora de casa. E agora o todo poderoso São Paulo voltou a ser apontado por todos como o grande time do futebol brasileiro. Até o presidente do Flamengo disse que o TRICOLOR é o time a ser batido. Mais uma vez a estrutura pesou na reta final, que nossos adversários não percebam isso.
Adilson Requião
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