É engraçado como as coisas mudam. Lembro de uma época que Palmeiras e Corinthians eram os dois grandes times de São Paulo e do Brasil e faziam os jogos mais importantes e comentados do Brasil, no fim dos anos 90. Foi uma época difícil para quem estava acostumado a ganhar Libertadores e Mundial. Ficar em segundo plano era triste. Mas o tempo passou. Vi um Vasco que era uma seleção, com Romário, Edmundo, Juninho Pernambucano, entre outros craques, decair após péssimas administrações. Um galo de tradição virar time pequeno, anos-luz atrás do Cruzeiro. Vi o Corinthians ser rebaixado, o Santos sonhando revelar um novo Robinho para voltar a sonhar com títulos. O Palmeira virar refem de patrocinador como era na época da Parmalat. O sempre badalado Flamengo vive do passado (recentemente jogadores como Diego Tardelli e Bruno disseram que o São Paulo tinha uma boa estrutura e o Flamengo não. Muita gente ainda não valoriza o fator extra campo, como bom planejamento, estutura, salário em dia e acima de tudo tranquilidade para trabalhar. Afinal no TRICOLOR, jogadores medianos viram bons e bons viram craques. Quem não lembra de jogadores como Danilo, Cicinho, Josué, Mineiro e Fabão, por exemplo que jogaram muito aqui e depois que saíram não foram mais os mesmos. Ainda bem que nossos rivais ainda não perceberam isso. Ou melhor, já perceberam só não conseguem nos alcançar. No meio do ano muita gente criticou a diretoria e o Muricy. Realmente esperamos muito da diretoria, que não contratou o "camisa 10", mas trouxe o Rodrigo que junto com Miranda e André Dias, formam a melhor defesa do Brasil. O time não é o melhor do Brasil, mas é o que está sabendo aproveitar melhor o sistema de pontos corridos, já que encara cada jogo com uma decisão. Quem sabe em dez anos o nosso TRICOLOR esteja para o Brasil, assim como o Porto é para Portugal, o Bayern de Munique é para a Alemanha e o Lyon é para a França, que a cada dez campeonatos, ganha oito.
Adilson Requião
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