A contratação de Thiago Mendes foi o maior acerto da diretoria (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
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Diretoria contrata 13 jogadores, mas poucos dão o retorno esperado. Entre os erros, os casos de Jonathan Cafu e Wilder Guisao são os que mais chamam a atenção
O vice-campeonato brasileiro em 2014 fez o São Paulo sonhar alto para 2015. Com vaga garantida na Taça Libertadores, o discurso era que o forte elenco precisava apenas de poucos reforços para ter condições de brigar por todos os títulos que disputaria. Passaram-se 11 meses, nada do que foi planejando deu certo, e o sonho de quebrar o jejum de títulos virou um enorme pesadelo. Com erros dentro e fora de campo, o Tricolor não foi páreo para seus adversários e foi destaque muito mais pelo conturbado ambiente nos bastidores do que pelo desempenho em campo.
Pouquíssimos reforços vingaram. O ex-presidente Carlos Miguel Aidar teve uma administração repleta de polêmicas e acabou renunciando em 13 de outubro, emparedado por denúncias de corrupção. Em delicado momento financeiro, o clube atrasou o pagamento dos direitos de imagem em pelo menos três ocasiões. A equipe nunca trocou tantas vezes de técnico num mesmo ano. Muricy Ramalho começou, foi substituído pelo auxiliar Milton Cruz, que cedeu lugar a Juan Carlos Osorio, que foi embora para a seleção do México. Doriva chegou e só durou sete jogos. Milton Cruz reassumiu e será o técnico até o final da temporada.
No total, 13 jogadores foram contratados.
THIAGO MENDES – melhor contratação do ano. Com belas atuações, tomou conta do meio-campo. Cresceu muito de rendimento após a chegada de Juan Carlos Osorio, atuando como volante, sua posição de origem - no início, com Muricy Ramalho, foi usado muitas vezes como lateral-direito e não rendeu. Será um dos pilares do time para 2016.
BRENO – apesar de ter disputado apenas seis jogos na temporada, seu retorno foi muito comemorado no São Paulo, principalmente após a dificuldade enfrentada nos últimos anos, quando três ficou preso por ter colocado fogo na própria casa na Alemanha, quando ainda defendia o Bayern de Munique. Zagueiro de origem, foi escalado como volante por Juan Carlos Osorio e agradou bastante, tanto que teve o contrato renovado. Será titular em 2016.
JUAN CARLOS OSORIO – parece contraditório colocar na lista do que deu certo no Tricolor um técnico que chegou com a temporada em andamento e não conseguiu dar sequência ao seu trabalho. Mas a saída se deveu mais ao conturbado cenário político do clube do que à competência do colombiano. Com métodos de trabalho diferentes aos praticados no Brasil, logo se tornou destaque. Com o rodízio de jogadores na escalação como uma de suas principais características, sofreu no começo, mas mostrou personalidade para encarar os descontentes, deu padrão e manteve a equipe na disputa pelo G-4. Porém, virou pivô de disputas entre dirigentes. Tinha o aval do vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, da torcida, de Rogério Ceni, mas não se entendia com o ex-presidente Carlos Miguel Aidar. Vendo que o ambiente do clube era muito ruim, não pensou duas vezes quando surgiu a proposta para dirigir a seleção do México. Deixou o Morumbi após 29 partidas.
LUIZ EDUARDO – além de não apresentar deficiências técnicas, o zagueiro teve uma chegada polêmica, já que o então técnico Juan Carlos Osorio vetou o retorno do ídolo Lugano e acabou aceitando a contratação do defensor que defendia o São Caetano na Série D. Começou bem sob comando do colombiano, mas depois caiu muito. Foi muito criticado pela torcida pelo fraco desempenho nas duas semifinais da Copa do Brasil contra o Santos. Como está emprestado até o final do ano, não tem permanência assegurada em 2016.
CENTURIÓN – sua contratação causou impacto em fevereiro, já que o São Paulo contou com a ajuda de um investidor que desembolsou R$ 14 milhões para tirar o jogador do Racing (Argentina). Com a camisa 20 do São Paulo, porém, o gringo foi um enorme fiasco. Viveu de lampejos e nada mais. Chegou até a reclamar publicamente de Osorio por não ser muito aproveitado, mas depois pediu desculpas.
WILDER GUISAO – chegou ao São Paulo no meio do ano no momento em que o clube precisava reforçar seu ataque e não tinha dinheiro para contratar peças de destaque. Foi indicado pelo técnico Juan Carlos Osorio, com quem trabalhou no Nacional de Medellín, e disputou apenas 10 jogos com a camisa tricolor. Em alguns treinos sob comando de Doriva, não era aproveitado nem na equipe reserva. Tem contrato até o meio do ano que vem, mas poderá ser liberado antes por deficiência técnica.
CARLINHOS – chegou no começo do ano como solução para a lateral-esquerda do São Paulo. Iniciou o ano com moral e barrou o então titular Alvaro Pereira, que acabou deixando a equipe. No entanto, sofreu com as lesões e nunca conseguiu ter sequência pela equipe. Tanto que participou apenas de 26 das 67 partidas da equipe na temporada. No clube, há quem defenda que o contrato deve ser rescindido ao final da temporada.
JONATHAN CAFU – foi contratado no início do ano por R$ 3 milhões após se destacar com a camisa da Ponte Preta em 2014. No entanto, Muricy Ramalho precisou de poucos treinos para perceber que o atleta não tinha qualidade. Com Juan Carlos Osorio, seguiu em baixa. Tanto que acabou vendido para o Ludogorets, da Bulgária, no meio do ano, após disputar apenas 12 jogos e marcar um gol.
JONATHAN CAFU – foi contratado no início do ano por R$ 3 milhões após se destacar com a camisa da Ponte Preta em 2014. No entanto, Muricy Ramalho precisou de poucos treinos para perceber que o atleta não tinha qualidade. Com Juan Carlos Osorio, seguiu em baixa. Tanto que acabou vendido para o Ludogorets, da Bulgária, no meio do ano, após disputar apenas 12 jogos e marcar um gol.
IAGO MAIDANA – embora sequer tenha sido apresentado como reforço do São Paulo, a contratação do garoto foi o que iniciou o processo de mudança no comando da equipe, com a saída de Carlos Miguel Aidar. Tudo porque o jogador foi vendido por R$ 800 mil reais do Criciúma para o Monte Cristo e, dois dias depois, foi negociado com o São Paulo por R$ 2,4 milhões. O time foi multado pela negociação irregular e ainda corre o risco de ser punido na CBF.
CARLOS MIGUEL AIDAR – embora não tenha entrado em campo, é o responsável pelo turbulento momento que a equipe vive hoje. Politicamente, arrumou muitas brigas dentro do clube. Em uma delas, teria levado um soco do vice-presidente Ataíde Gil Guerreiro, irritado porque teria recebido uma proposta de divisão de comissão da contratação de um atleta da Portuguesa. O caso Iago Maidana o pressionou ainda mais. Acabou renunciando no dia 13 de outubro após Ataíde ter apresentado uma gravação na qual ele confessaria práticas de corrupção no comando do clube. .
CARLOS MIGUEL AIDAR – embora não tenha entrado em campo, é o responsável pelo turbulento momento que a equipe vive hoje. Politicamente, arrumou muitas brigas dentro do clube. Em uma delas, teria levado um soco do vice-presidente Ataíde Gil Guerreiro, irritado porque teria recebido uma proposta de divisão de comissão da contratação de um atleta da Portuguesa. O caso Iago Maidana o pressionou ainda mais. Acabou renunciando no dia 13 de outubro após Ataíde ter apresentado uma gravação na qual ele confessaria práticas de corrupção no comando do clube. .
FONTE: Globo.com
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